O Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, ou SPDA, é um sistema usado para diminuir danos físicos por causa das descargas atmosféricas. Trata-se do famoso para-raios.
Ao atingir um prédio ou uma casa, uma descarga elétrica pode causar diversos danos, como avarias na edificação – totais ou parciais – por vezes em edificações vizinhas, sem contar na possibilidade de causar ferimentos em pessoas e animais.
Por conta disso, é importante que uma edificação conte com equipamentos de SPDA, para evitar esse tipo de problema. E foi pensando nisso que preparamos esse artigo. Abaixo você vai conferir quais são os equipamentos de SPDA disponíveis no mercado para garantir essa proteção. Boa leitura!
Sistemas interno e externo
Os SPDAs são compostos por dois sistemas de proteção, o externo e o interno. O sistema interno é formado pelos chamados dispositivos de proteção contra surtos (DPS), que visam a diminuir os efeitos elétricos e magnéticos das correntes de descarga atmosférica dentro da edificação que pretendem proteger.
Já o sistema externo é o que intercepta, conduz e dispersa a descarga elétrica que atinge um edifício, anulando seus riscos. Ele possui, portanto, três subsistemas, cada um com uma série de equipamentos: captação, descida e aterramento. Abaixo você vai conhecer mais detalhes sobre os principais componentes do SPDA externo.
Captor
Esse é uma haste metálica que tem como função interceptar as descargas atmosféricas. É dimensionado para suportar a temperatura e a carga dos raios.
Existem alguns tipos de captor. Além dos captores radioativos – não mais permitidos no Brasil desde 1989 -, existe um captor desenvolvido pela empresa francesa Helita, chamado de Pulsar, que produz impulsos de alta tensão para captar a corrente do raio para conduzi-la para a terra.
Eles são compostos por elementos metálicos, geralmente mastros ou condutores metálicos devidamente dimensionados. Quando os captores Franklin são usados em prédios altos, eles protegem as antenas e outras estruturas que existem no topo da edificação. Além disso, o prédio deve ser protegido pelos cabos que formam a malha da Gaiola de Faraday.
As edificações que possuem altura maior do que 10 metros devem ter no subsistema de captação um condutor periférico. Esse condutor deve ter a forma de um anel, que contorna toda a cobertura. Deve ser afastado, no máximo, a 0,5 metros da borda.
Hastes para suporte do captor
Essa haste precisa ser de cobre e deve ficar presa à cobertura, fixada a um isolador. Nas residências, deve-se usar hastes com comprimento de 2 metros. Porém, o recomendado é 5 metros. O tubo de cobre deve medir 5,5 centímetros de diâmetro.
Nas residências que usam hastes de 2 metros, o diâmetro do tubo deve ser de 3 centímetros.
Braçadeiras
As braçadeiras servem para fixar o cabo de descida junto à haste.
Isoladores
O de porcelana e o de vidro especial são os mais usados para suportar tensões de 10000 V. Geralmente, são fixados nos suportes ou nas barras.
Condutores de descida
O objetivo dos condutores de descida é levar a corrente elétrica do captor para a terra. Geralmente é um fio ou cabo de cobre. A trajetória do fio ou cabo precisa ser sempre a menor e a mais retilínea possível.
As descidas devem ser distribuídas ao longo do perímetro do prédio, de acordo com a classe do SPDA, de preferência para os cantos. O espaçamento deve sempre ser médio e arredondado para cima.
Se o cálculo do número de descidas tiver um resultado com um número menor que 2, devem ser instaladas, no mínimo, 2 descidas para qualquer tipo de edificação. Não precisam de descidas os postes metálicos, ou seja, sua estrutura pode ser aproveitada como descida natural.
Protetor do condutor de descida
De nome autoexplicativo, pensado para proteger o condutor de descida, esse equipamento é um tubo de PVC bem reforçado, que pode ter até 2 metros de altura.
Eletrodos de terra
São eletrodos de cobre que ficam enterrados, a fim de levar a descarga elétrica para a terra. Sua especificação vai depender da resistência do solo.
Anéis de intermediários
Os anéis de intermediários são equipamentos com duas funções importantes:
Equalizar os potenciais das descidas diminuindo assim o campo elétrico dentro da edificação.
Receber descargas elétricas laterais, distribuindo-as pelas descidas. Sendo assim, também devem ser dimensionadas como captação.
A instalação dos anéis de intermediários deve ser realizada de acordo com a Classe do SPDA, de forma a interligar todas as descidas.
Aterramento
O aterramento tem o objetivo de receber as correntes elétricas, de forma a dissipá-las no solo. Possui também o intuito de equalizar os potenciais das descidas, assim como também os potenciais do solo. É preciso ter atenção em locais onde a frequência de pessoas é constante.
Já com relação à malha de aterramento, existe um modo mais prático que explicaremos a seguir. Esse modo consiste em colocar uma haste de aterramento tipo ‘Copperweid’ (significa alta camada = 250 u).
As hastes devem ser colocadas em cada descida com cabo de cobre nu a 50 centímetros de profundidade, de forma a ficar conectados as hastes.
Espero que você tenha entendido como funciona os equipamentos para SPDA. Afinal, eles são fundamentais para garantir a segurança das edificações e das pessoas que transitam por esses locais.
Afinal, quem precisa instalar um SPDA?
De acordo com a legislação brasileira, as edificações que possuem uma capacidade instalada acima de 75 kW devem manter um Prontuário de Instalações Elétricas (PIE), documentando, entre outras coisas, todas as inspeções e medições do SPDA. Isso se encontra na NR 10, da ABNT.
Instrumentos para SPDA? Conte com a Instrutemp!
Você sabia que alguns instrumentos podem para medir a eficácia de um SPDA? Alguns exemplos são o terrômetro, que mede a capacidade do solo em receber as descargas elétricas, e o amperímetro.
Esses e outros instrumentos você encontra aqui na Instrutemp. Se você busca algum desses dispositivos, mas não sabe exatamente qual é o mais adequado para o seu caso, entre em contato conosco hoje mesmo pelo telefone (11) 3488-0200.
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